sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Recordações de alguns trabalhos do último ano






O ano que passou foi recheado de descobertas. Há cerca de um ano atrás ia passear pelo Bairro Alto e descobri a Buédalouco Pharmácia de Cultura, um projeto de Helena Corado e Carlos Mendes, simplesmente encantador, que veio trazer às ruas movimentadas do Bairro Alto o espírito acolhedor que faltava. Este foi um dos casos em que me tornei amiga dos entrevistados, que me receberam com todo o coração, naquela casa tão deles e de quem a visita também. Falando em visitas, Janeiro foi o mês de Willy Moon pisar solo lusófono. Tive a oportunidade de conversar com este menino australiano, que teve a epifania da sua vida em Berlim, e depois disso nunca mais ninguém o apanhou.



E porque uma das minhas paixões é o teatro, não poderia deixar de escrever sobre esta arte. José Raposo, Frederico Corado, João Lourenço, Claudio Hochman, os Improváveis foram alguns dos artistas que tive a oportunidade de entrevistar e conhecer melhor.



O teatro é uma ferramenta extremamente poderosa no desenvolvimento pessoal, constituindo também um modo de entretenimento completamente cru, na medida em que se realiza a cinco dimensões e “em directo”. A expressão do corpo, da voz e da alma estimula competências importantíssimas como a inteligência emocional, a auto-confiança, o auto-conhecimento, a segurança, o ouvido, o instinto…são inumeráveis os benefícios do teatro e da expressão. E por isso eu própria decidi desafiar-me a mim mesma e ter aulas de interpretação e de Clown. Oh meu Deus, no que eu me fui meter, certo? Viajei até Barcelona onde conheci a adorável Caroline Dreams e passei um fim-de-semana a desfazer capas, assumir os meus falhanços e a ultrapassar o medo da rejeição e do público. Foi deveras desafiante, ainda por cima tinha acabado de receber a notícia que ia ser dispensada do meu trabalho! Fantástico! Lidar com o falhanço da vida real e do “palco” foi uma experiência arrebatadora. Não satisfeita, e um bocado masoquista confesso, voei até Londres para passar uma semana a descobrir “o meu palhaço” com Mick Barnfather, um dos gurus mais antigos nesta arte do Clown. Sim, passei uma semana a levar com peúgas, a ser enxovalhada e jogar jogos que não lembram ao diabo. Mas adorei. Saí de lá com a sensação “fui capaz, fui uma palhaça falhada e foi uma delícia”.




O ano de 2013 foi uma montanha russa de emoções. Um primeiro semestre extramente requisitado a nível profissional, e um segundo semestre de uma calmaria tal, que cada dia que passava sem realizar nada do que tinha em mente me tornava cada vez mais inquieta.


Sempre a sabotar-me:



-à espera da plataforma ideal para dar vida ao meu blog;



-acreditando que estava dependente de alguém para me fotografar/gravar nos desafios para relatar as experiências;



- na expectativa do layout perfeito para apresentar o meu projeto (sim porque se há coisa que eu detesto, é Photoshop, não sei sei será arrogância ou ignorância de quem escreve, será? Digam-me vocês, o facto é que não tenho pachorra nenhuma para estas mariquices de imagem, mas que quero que fique bonitinho quero.)



- muitos etcs;.



Enfim, uma série de sabotagens que preguei a mim mesma mas que finalmente consegui ultrapassar num workshopzito de Blogging para Jornalistas no Cenjor. Este foi o meu pontapé no rabiosque para começar e deixar de me procrastinar. E começando, é deixar o bebé desenvolver vida própria. Vamos ver onde esta viagem dos desafios nos leva…

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